terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Esculturas: A Beleza do Corpo

 
Os gregos introduziram o nu na arte. As proporções ideais das estátuas representavam a perfeição do corpo (aparentes no desempenho atlético) e da mente (aparentes no debate intelectual). Os gregos buscavam uma síntese dos dois pólos do comportamento humano - paixão e razão - e, por meio da representação artística da forma humana frequentemente em movimento.
As estátuas gregas não eram o mármore branco que atualmente associamos à escultura clássica. O mármore era embelezado com pintura encáustica, uma mistura de pigmento em pó e cera aplicada aos cabelos, lábios, olhos e unhas das figuras. Enquanto o nu masculino sempre foi aceitável na escultura, as estátuas femininas evoluíram de totalmente vestidas para o nu sensual. Nas estátuas anteriores, as dobras e os drapeados uniam a figura num movimento ondulante. Outra inovação foi o princípio do apoio do peso, ou contrapposto, em que o peso do corpo se apóia numa das pernas e o corpo segue esse alinhamento, dando a ilusão de uma figura surpreendida no movimento.
 
 
Vitória de Samotrácia  cerca de 190 a. C. Louvre, Paris.
Projetada para frente, como se o seu avanço dependesse mais das asas do que da simples passada a Vitória (Niké) recebe de frente o vento marítimo; o leve quíton adere ao peito como uma veste. O manto que lhe cai pelas costas enrola-se nas pernas, enquanto por trás se desdobram as pontas esvoaçantes.

Juventude Eterna: Influência do Ideal Grego
Assim como a "Vitória Alada" reflete a filosofia humanista grega, as proporções ideais das estátuas clássicas influenciaram o estilo heróico do "Davi" de Michelangelo.
 
"Davi", Michelangelo 1501-4. Galleria dell' Accademia, Florença
STRICKLAND, Carol. Arte Comentada. Da Pré-História ao Pós Moderno. Coleção Folha. Grandes Museus do Mundo. texto de Elena Ginanneshi

1 comentários:

Anagazzola disse...

Muito bom o conteudo das materias, parabéns.