segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O começo da pintura moderna

No início dos anos 1400, o mundo acordou. Tendo início em Florença, a Renascença, ou renascimento da cultura, se estendeu a Roma e Veneza e, em 1500, ao resto da Europa, atingindo Países Baixos, Alemanha, França, Espanha e Inglaterra, num movimento que ficou conhecido como a Renascença do Norte.

Os elementos em comum foram a redescoberta da arte e da literatura da Grécia e de Roma, o estudo científico do corpo humano e do mundo natural e a intenção de reproduzir o realismo as formas da natureza.

Com o advento dos novos conhecimentos técnicos, como o estudo da anatomia, os artistas evoluíram na arte de pintar retratos, paisagens, motivos mitológicos e religiosos. Em virtude do desenvolvimento das técnicas de pintura, seu prestígio aumentou, chegando ao auge na Alta Renascença (1500-20) com megastars como Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael.

Durante esse período, a exploração de novos continentes e a pesquisa científica proclamavam a confiança no homem e, ao mesmo tempo, a Reforma Protestante diminuía o domínio da Igreja. O resultado foi que o estudo de Deus como Ser Supremo foi substiuído pelo estudo do ser humano. Desde os retratos detalhistas de Jan van Eyck, passando pela intensidade emocional das gravuras de Dürer, até os corpos contorcidos e a iluminação surreal de El Greco, a arte foi o meio de explorar todas as facetas da vida na terra.

O Casal Arnolfini, de Jan Van Eyck O Casal Arnolfini, Jan Van Eyck, (óleo sobre madeira)

Giovanni Arnolfini era um comerciante de Lucca que passou grande parte da vida em Bruges e desposou a filha de outro comerciante de Lucca, estabelecido em Paris. O casal de abastados burgueses está retratado possivelmente no momento do pedido de casamento.

 

Cristo expulsando os Mercadores do Templo, El Greco Cristo expulsando os mercadores do templo, El Greco, (óleo sobre tela)

Existem inúmeras versões deste tema, quatro das quais registradas no interior dos bens do artista. O episódio evangélico é tratado como a antecipação do Zuízo Universal: Cristo, com gesto decidido, separa os condenados, à esquerda, dos eleitos, à direita. Esta divisão é acentuada pela arquitetura do fundo, de gosto paladiano, em cujo arco se situa a figura de Cristo.

Carol Strickland. Arte Comentada, Da Pré-história ao Pós-Moderno. Coleção Folha. Grandes Museus do Mundo (National Gallery London). por Daniela Tarabra.

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