terça-feira, 16 de março de 2010

Gravura/Xilogravura/ Gravura em Metal

Gravura: Invenção das artes Gráficas

Uma das mais populares (e ainda acessíveis) formas de colecionar arte nos últimos anos é a gravura em edição limitada, em que o artista supervisiona o processo de reprodução e assina cada cópia. A arte da gravura floresceu na Renascença do norte.

Xilogravura

A técnica mais antiga no ocidente (conhecida há longo tempo na China) é a xilogravura, que surgiu por volta de 1400 na Alemanha. Nesse método, riscava-se o desenho num pedaço de madeira macia. As partes em branco (chamadas “espaço negativo”) eram cortadas, deixando o desenho em relevo que, por sua vez, era coberto de tinta e prensado contra o papel. Os milhares de cópias assim produzidos podiam ser vendidos a um preço irrisório. Pela primeira vez a arte se tornava acessível às massas, e os artistas podiam aprender através das reproduções de trabalhos dos outros. O desenvolvimento da impressão com tipos móveis, em meados do século XV, popularizou os livros ilustrados com xilogravuras.

A xilogravura atingiu seu ponto máximo com Dürer, mas foi sendo gradualmente substituída pelo método mais flexível e refinado da litogravura. No Japão, a xilogravura em cores sempre foi popular. No final do século XIX e no começo do século XX a xilogravura refloresceu na Europa, com trabalhos de Munch, de Gauguin e dos expressionistas alemães, que adotaram esse método devido à sua áspera intensidade.

Gravura em Metal

Tendo início por volta de 1430, a litogravura é uma técnica oposta ao relevo saliente da xilogravura. É um dos vários métodos conhecidos como intaglio (a tinta a ser transferida fica abaixo da superfície), em que a impressão é feita a partir de linhas ou cortes numa placa. Na litogravura, as ranhuras são feitas numa placa de metal (geralmente cobre) com um instrumento de aço chamado buril. Depois esfrega-se a tinta nas ranhuras, limpa-se as superfície e a placa é colocada numa prensa, de modo a transferir para o papel o desenho entalhado. As formas podem ser modeladas em linhas muito finas, de modo a criar nuances. Essa técnica floresceu no começo do século XVI, com Dürer, cujo uso do buril era tão sofisticado que, com a placa de cobre, ele obtinha efeitos de luz e volume muito aproximados aos conseguidos pelos holandeses no quadro a óleo e pelos italianos nos afrescos.

As técnicas de artes gráficas se tornaram populares nos séculos seguintes, com Daguerreótipo ou Água-Forte, Água-Forte a Ponta Seca, Litografia e Silks-Creen.

São Jerônimo, Dürer - 1514, litogravura, MMA, NY. São Jerônimo, Dürer, 1514, litogravura

Carol Strickland. Arte Comentada. Da Pré-História ao Pós-Moderno

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2 comentários:

Anônimo disse...

Viva a Xilogravura e Litogravura!

Susi disse...

VIVA!!
Valeu pelo comentário, (rs)
Sucesso pra nós!
Apareça sempre e comente amigo!