domingo, 21 de março de 2010

Pontormo e Rosso -

Os maneiristas cultivavam deliberadamente a excentricidade de suas obras.Alguns eram igualmente excêntricos na vida privada. Dizia-se que Rosso, que morava com um  macaco, um baduíno, desenterrava cadáveres porque o processo de decomposição o fascinava. Seus quadros geralmente têm um aspecto sinistro. Sant’Ana, por exemplo, foi representada por Rosso como uma bruxa desfigurada. Ao ver um de seus quadros macabros, um padre saiu correndo, gritando que o pintor  estava possuído pelo demônio.

Sant'Ana, Rosso Sant’Ana, Rosso

 

Pontormo era comprovadamente louco. Hipocondríaco obcecado pelo medo da morte, morava sozinho numa casa exageradamente alta, que ele construiu para se isolar. Seu quarto, no sótão era acessível apenas por uma escada portátil, que ele recolhia depois de subir. Seus quadros mostram sua bizarra sensibilidade. A perspectiva é irracional e as cores – lavanda, coral, marrom, arroxeado, verde-veneno – são instáveis. As figuras em geral têm um olhar selvagem, como se compartilhassem da ansiedade paranóica de seu criador.

A ceia de Emaús, Pontormo, Galeria Uffizi, Florença A Ceia de Emaús, Pontormo

Carol Strickland, Arte Comentada, Da Pré-História ao Pós-Moderno

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