sábado, 17 de abril de 2010

Nicolas Poussin: Barroco Francês

No século XVII, a França era o país mais poderoso da Europa, e  Luís XIV chamou os maiores talentos para glorificar seu reinado com um palácio de inigualável esplendor. Com o advento de Versalhes, a França tomou o lugar  de Roma como centro da arte européia (e ocupou  esse lugar até a Segunda Guerra Mundial), mesmo tomando como modelo de sua arte as relíquias romanas.

Mestre da Composição

O mais famoso pintor do século XVII, Nicolas Poussin (1594-1665), não trabalhou na França, mas em Roma. Apaixonado pela antiguidade, baseou seus quadros nos antigos mitos e na história de Roma e na escultura grega. A ampla influência da obra de Poussin reviveu o estilo da antiguidade, que veio a ser a influência artística nos duzentos anos seguintes.

Poussin tomou o racionalismo clássico tão a sério que, quando Luís XIII o chamou a Paris para pintar um afresco no teto do Louvre, ele se recusou a seguir o código prevalente dos santos flutuantes. As pessoas não pairam no ar, ele argumentou com uma lógica impecável, perdendo assim a encomenda e voltando às suas amadas ruínas romanas.

Enterro de Focion, Nicolas Poussin, 1648 “Enterro de Focion”, Poussin, 1648

Entregue às suas próprias motivações, Poussin resolveu pintar no que chamou de la maniera magnífica, conforme suas palavras: “O primeiro requisito mental para todos os outros, é que o tema e a narrativa sejam grandiosos, batalhas, atos heróicos ou motivos religiosos.” O artista devia excluir termos “baixos”. Aqueles que não evitavam o cotidiano, como Caravaggio (que ele detestava), “se refugiavam em (temas inferiores) devido à fragilidade de seu talento”.

A obra de Poussin exerceu enorme influência no curso da arte francesa (e, consequentemente, do mundo) nos dois séculos seguintes porque todos os artistas eram formados no “Poussinismo”, o Classicismo institucionalizado.

Carol  Strickland. Arte Comentada, Da Pré-História ao Pós-Moderno.

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