segunda-feira, 10 de maio de 2010

ODALISCA (Parte II)

O nu feminino retratado por Francisco de Goya.

A Maja desnuda, Goya, 1796-98“A Maja Desnuda” Goya, 1796-98 

Goya foi denunciado durante a Inquisição por esta versão “obscena”, atualizada apresentando nudez frontal total. O título quer dizer “coquete nua”, e a imagem totalmente erótica de Goya causou furor na recatada sociedade espanhola. Acredita-se que a modelo é sua amiga e patrona – a aristocrática, porém muito pouco convencional, condessa de Alba. Existe também uma réplica vestida da figura, em pose idêntica, mas esboçada muito apressadamente. Diz-se que Goya a pintou quando o conde estava a caminho de casa, para justificar todo o tempo que tinha passado na companhia da condessa. É provável que Goya tenha se inspirado na versão “Vênus Rokeby” de Velazquez, um nu deitado visto de costas. Embora uma sufragette ofendida tenha cutilado (dado golpes de cutelo) a Vênus de Velazquez, o nu  de Goya é muito  mais sedutor, com a carne suave, macia, contrastando com a pincelada ondeada do lençol de cetim e dos babados de renda.

Carol Strickland. Arte Comentada. Da Pré-História ao Pós-Moderno

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