terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Manuscritos Iluminados

Com hordas de saqueadores devastando as cidades do antigo Império Romano, os monastérios eram tudo o que restava entre a Europa Ocidental e o caos generalizado. Monges e freiras copiavam manuscritos, mantendo vivas a arte da ilustração em particular  e a civilização ocidental em geral.
Nessa época, o rolos de papiro usados do Egito a Roma foram substituídos pelos códices de pergaminho de pele de boi ou de carneiro, feitos de páginas separadas unidas por uma das extremidades. Os manuscritos eram considerados objetos sagrados que continham a palavra de Deus. Eram profusamente decorados, de maneira que sua beleza exterior refletisse a sacralização do conteúdo. Tinham capas de ouro cravejadas com pedras preciosas e semipreciosas. Até o desenvolvimento da tipografia, no século XV, esses manuscritos eram a única forma existente de livros, preservando não somente os ensinamentos religiosos, mas também a literatura clássica.



Alguns dos desenhos mais ricos, mais puramente ornamentais, jamais produzidos estão no Evangelho decorado com iluminuras chamado Book of the Kells, (760-820), coleção do Trinity College, Dublin, realizado por monges irlandeses. O texto é belamente ornamentado com desenhos abstratos. Letras enormes, em certas passagens compostas por espirais entrelaçadas a imagens de animais, cobrem páginas inteiras.
fonte: Strickland, Carol. Arte Comentada, Da Pré-História ao Pós-Moderno

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