Os Tecelões da Idade Média criaram uma tapeçaria altamente refinada, detalhando em minúcias as cenas da vida contemporânea. Imensos tapetes em lã e seda, usados para cortar correntes de ar, decoravam as paredes de pedra de castelos e igrejas. Os motivos eram copiados de pinturas em escala enorme colocadas por trás da urdidura (ou comprimento total dos fios) no tear.
Tapeçaria: O Unicórnio no Cativeiro
Uma série de sete tapeçarias representa a lenda do Unicórnio. Segundo a crença popular, a única maneira de capturar esse animal mítico era usar como isca uma virgem na floresta. O desavisado unicórnio iria dormir com a cabeça no colo da virgem e, quando acordasse, estaria preso. Uma vez capturado, o unicórnio deveria ser amarrado a uma romãzeira, árvore símbolo da fertilidade e que, por conter muitas sementes numa única fruta, era símbolo também da igreja. Durante a Renascença, o unicórnio era ligado ao amor cortês, mas, na ambígua representação em tapeçaria, deitado ou empinado, simboliza o Cristo ressuscitado.
Carol Strickland. Arte Comentada. Da Pré-História ao Pós Moderno.
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