Inventor da pintura a óleo, o flamengo Hubert van Eyck era tão idolatrado por esta descoberta que seu braço direito foi preservado como relíquia sagrada. Seu irmão, Jan van Eyck (c. 1390-1441), mais conhecido atualmente, usou o novo meio para alcançar os píncaros do realismo.
Com formação de miniaturista e iluminador de manuscritos, Jan van Eyck pintou detalhes microscópicos em cores vivas. Um dos primeiros mestres da nova arte de pintar retratos, van Eyck chegava a pintar detalhes ínfimos como pontinhos de barba no queixo da figura. Seu “Homem de Turbante Vermelho”, que talvez seja um auto-retrato (1433), foi a primeira pintura a mostrar o modelo olhando para o espectador. Num dos mais célebres quadros da Renascença do norte, “As Bodas de Arnolfini”, van Eyck captou com exatidão a aparência e a textura das superfícies e produziu efeitos de luz direta e difusa ao mesmo tempo.
“As Bodas de Arnolfini”, Jan van Eyck
Mestre do realismo, van Eyck recriou a cena do casamento em miniatura refletida no espelho. Praticamente todos os objetos simbolizam aspectos do tema do quadro – a santidade do casamento. O cão representa a fidelidade, e os tamancos largados, deixando os pés descalços, representam o solo sagrado
Carol Strickland. Arte Comentada. Da Pré-História ao Pós-Moderno
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