segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Arte Românica

Com a instituição da fé católica romana, uma onda de construção de igrejas varreu a Europa Feudal de 1050 a 1200. Os construtores tomaram emprestado elementos da arquitetura romana, como colunas e arcos redondos, surgindo assim o termo “românica” para definir a arte e a arquitetura desse período. No entanto, como os prédios romanos tinham tetos de madeira, muitos suscetíveis a incêndios, os artesãos medievais passaram a fazer os tetos das igrejas em abóbadas de pedra. Com esse sistema, abóbadas cilíndricas ou com arestas apoiadas em pilastras proviam grandes espaços, livres de colunas e obstáculos.

 Planta de St. Sernin, Toulouse

Levando em conta a peregrinação, muito em moda na época, a arquitetura das igrejas é adequada para receber as multidões em visitação maciça a relicários de roupas e ossos de santos, ou de pedaços da Santa Cruz trazidos pelos cruzados. A planta é cruciforme, com uma longa nave atravessada por um transepto, simbolizando o corpo de Cristo crucificado. As arcadas permitiam aos  peregrinos andar pelos corredores periféricos sem perturbar os serviços religiosos na nave central. O chevet (“travesseiro” em francês), assim chamado por ser concebido como o lugar para descanso da cabeça de Cristo preso à cruz, é a parte do altar, capelas semicirculares onde se guardam os relicários.

 

Fachada da Basílica St. Sernin, Tolouse, França

O exterior das igrejas românicas é bastente despojado, exceto pelos relevos esculturais em volta do portal principal. Como a maioria dos fiéis era analfabeta, as esculturas ensinavam a doutrina religiosa, contando histórias gravadas na pedra. A escultura ficava concentrada no tímpano, que é o espaço semicircular entre o arco e o dintel da porta central. Cenas da ascensão de Cristo ao trono celestial eram muito  populares, assim como sombrios dioramas do Juízo Final, em que demônios agarram almas desesperadas e diabos horríveis estrangulam e cospem nos corpos nus dos condenados.

 Altar principal Basílica de St. Sernin, Toulouse, França.

STRICKLAND, Carol. Arte Comentada. Da Pré-História ao Pós-Moderno

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