É certamente curioso o fato que a única imagem que chegou até nós do famoso faraó Quóps, respnsável pela construção da maior pirâmide do Egito, seja essa estatueta em marfim de dimensões reduzidas. Ela foi descoberta no início do século XX pelo arqueólogo inglês Flinders Petrie em Abido, nas proximidades do templo consagrado ao deus Osiris, protetor do além-túmulo, que naquela cidade era objeto de uma veneração especial tanto por parte dos cidadãos. Quéops, representado sentado em um trono com espaldar baixo, usa a coroa típica do Baixo Egito e segura na mão direita o mangual, símbolo do poder, enquanto a outra mão apoiada no saiote plissado. A cabeça da estaueta, encontrada por Petrie algumas semanas depois da descoberta do corpo acéfalo sobre o qual depois foi recolocada, mostra um rosto com feições fortemente marcadas, bem distantes dos retratos idealizados típicos de outros faraós. Os olhos pequenos, o nariz achatado, a boca larga refletem talvez a real fisionomia desse soberano, cuja fama de homem cruel e perverso foi transmitida ao longo dos séculos, até na descriçãofeita pelo historiador Heródoto. A identificação da esculturs foi possível graças a um dos nomes que compunham o título do soberano, escrito na parte frontal do trono, dentro do chamado serekh.
fonte: Coleção Folha. Grandes Museus do Mundo. Museu Egípcio Cairo. texto. Silvia Einaudi.
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