O rococó nasceu em Paris, coincidindo com o reinado de Luís XV (1723-74). Por volta de 1760 já era considerado ultrapassado na França, mas continuou em moda em outros países. Até o final do século continuou a ornamentar os luxuosos castelos e igrejas da Alemanha, da Áustria e da Europa Central. O nome rococó é derivado de rocaile, referente a conchas e seixos que ornamenta, grotas e fontes, e surgiu como um estilo de decoração de interiores.
A Carta de Amor, François Boucher – 1750 – óleo sobre tela
Em certos aspectos, o estilo rococó se assemelha ao significado da própria palavra. As artes decorativas foram um campo privilegiado para essa ornamentação delicada, curvilínea. Os pisos eram revestidos com elaborados padrões em folha de madeira, a mobília era ricamente marchetada, decorada com estofamento em gobelin e incrustações em marfim e casco de tartaruga. Roupas, talheres e porcelanas também eram sobrecarregados em desenhos de flores, conchas e folhas. Até o desenho das carruagens trocava as linhas retas por floreios e arabescos, e os cavalos eram ajaezados (enfeitados) com plumas imensas e arreios cravejados de pedras preciosas.
A arte rococó era tão decorativa e não-funcional quanto a aristocracia que a adotou.
Carol Strickland. Arte Comentada, Da Pré-História ao Pós-Moderno.
Grota: Abertura na margem de um rio, feita pelas águas das enchentes; vale profundo; depressão de terreno
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